segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vivo quer cobrir quatro novas cidades por dia com 3G

A Vivo anunciou ontem a ampliação de seu serviço de telefonia celular de terceira geração (3G) dos atuais 600 municípios para 2.832 até o fim de 2011, com o objetivo de conectar, assim, mais de 85% da população brasileira. A empresa diz que ligará à sua rede 2.232 cidades no prazo de 18 meses, o que significa interligar quatro municípios por dia, mais do que triplicando sua cobertura 3G, que permite acesso à internet em banda larga.

"O plano é ambicioso e será cumprido", afirmou Roberto Lima, presidente da Vivo. De acordo com a Vivo, nos últimos dois anos, o setor de telefonia móvel conectou 732 cidades (600 delas com presença da empresa), o que equivale a uma nova localidade por dia. O investimento no que a empresa chamou de Plano Vivo Internet Brasil está contemplado na previsão já anunciada de R$ 2,49 bilhões para este ano. A previsão é atingir 1.461 cidades com 3G até dezembro.

O preço do serviço de internet móvel 3G da Vivo será promocional no primeiro mês: R$ 29,95 para uma quantidade de dados trafegados equivalente a 250 megabytes, passando para R$ 59 a partir do segundo mês. A velocidade prevista é de 1 megabit por segundo (Mbps).

Telebrás. Lima negou que a decisão da companhia de acelerar seu plano de expansão do 3G tenha qualquer relação com o Plano Nacional de Banda Larga do governo, que reativou a Telebrás com objetivo de universalizar o acesso no País a esse serviço. "Não é porque a Telebrás renasceu das cinzas", disse. "Isso é um trabalho fruto do longo prazo." Mas ele deixou claro que o governo pode interpretar o novo plano como uma "resposta positiva" da Vivo às necessidades do País de ampliar o acesso à banda larga. "Se quiserem interpretar como uma resposta, pode ser. Seria uma resposta positiva."

Recentemente, o presidente da Telebrás, Rogério Santana, alfinetou as operadoras privadas, afirmando que foi só falar em Telebrás para que elas começassem a se mexer. Além da Vivo, a Oi decidiu antecipar seu plano de banda larga.

Para o presidente da Vivo, o fato de o governo priorizar o setor de telecomunicações com a elaboração de um novo plano é positivo. "Se o governo colocou banda larga como prioridade é melhor. Melhor do que o pré-sal", avaliou.

Segundo ele, o governo deveria também buscar uma redução da carga tributária incidente no setor que dificulta o esforço das companhias em baixar os preços dos serviços. Lima afirmou que os impostos equivalem hoje a 44% do valor do contrato de 3G.

Fonte:O Estado de S.Paulo 11 de junho de 2010

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